A Hérnia Discal ocorre quando o núcleo pulposo do disco intervertebral se projeta, comprimindo nervos da coluna. Isso pode causar dor, formigamento, fraqueza muscular e perda de sensibilidade, sendo mais comum na região lombar e cervical. As causas incluem envelhecimento, esforço excessivo, traumas ou fatores genéticos hábitos de vida. O tratamento geralmente é conservador, com repouso, medicamentos e fisioterapia — fundamental para fortalecimento muscular, correção postural e alívio da compressão nervosa. Em casos graves ou persistentes, pode ser indicada cirurgia. O acompanhamento médico e fisioterapêutico é essencial para um tratamento seguro e eficaz, e na grande maioria dos pacientes consegue retornar às atividades sem necessidade de cirurgia, recuperando função e qualidade de vida.
ESCOLIOSE
É uma curvatura anormal da coluna vertebral em formato de “S” ou “C”, mais comum nas regiões torácica e lombar. Pode surgir na infância ou adolescência, sendo mais frequente em meninas. Suas causas incluem fatores genéticos, neuromusculares, congênitos ou podem ser idiopáticas (sem causa definida).
HIPERCIFOSE
É uma alteração postural caracterizada pelo aumento excessivo da curvatura da coluna torácica, resultando em uma projeção acentuada das costas. Pode estar associada a fatores posturais, envelhecimento, osteoporose, fraqueza muscular ou doenças degenerativas, podendo acelerar o processo de artrose nas articulações da coluna.
HIPERLORDOSE
É o aumento excessivo da curvatura natural da coluna lombar, causando acentuação da região inferior das costas. Pode estar relacionada a fatores posturais, fraqueza ou encurtamento muscular, obesidade, alterações biomecânicas ou condições congênitas. Os sintomas incluem dor lombar, rigidez, fadiga muscular e, em casos mais acentuados, impacto na mobilidade e na postura global.
RETIFICAÇÃO
A retificação da lordose ocorre quando a curvatura natural da coluna lombar ou cervical é reduzida, deixando a coluna mais reta do que o normal. Essa alteração pode estar associada a má postura, contraturas musculares, traumas, degeneração discal ou sobrecarga mecânica. Os sintomas mais comuns incluem rigidez, dor localizada, fadiga muscular e, em alguns casos, limitação de movimento.
Os pés são a base de sustentação do corpo e desempenham papel essencial na postura, equilíbrio e locomoção. Alterações biomecânicas nessa estrutura podem gerar sobrecargas articulares, desequilíbrios musculares e dores que afetam não apenas os pés, mas também tornozelos, joelhos, quadris e coluna.
Principais alterações e suas características clínicas:
1 - Pé plano (pé chato) caracteriza-se pela diminuição ou ausência do arco plantar medial. Pode provocar dor na planta do pé, tornozelos e fadiga muscular.
2 - Pé cavo: ocorre quando o arco plantar é excessivamente elevado, gerando sobrecarga no calcanhar e antepé. Frequentemente causa dor, instabilidade e maior predisposição a entorses.
3 - Pé pronado: excesso de rotação medial do pé, associado a sobrecarga no arco interno. Pode contribuir para dores nos pés, joelhos e até lombalgia.
4 - Pé supinado: apoio predominante na borda externa, causando rigidez, instabilidade e maior risco de lesões por impacto.
5 - Hálux valgo (joanete): desvio lateral do dedo hallux, causando dor, inflamação e deformidade progressiva.
6 - Fascite plantar: inflamação da fáscia plantar, geralmente associada ao pé plano ou ao excesso de impacto. Provoca dor intensa na região do calcanhar, especialmente ao acordar.
7 - Esporão do calcâneo: formação óssea no calcanhar, frequentemente acompanhada de fascite plantar, causando dor ao caminhar e ao ficar em pé por longos períodos.
8 - Metatarsalgia: dor na região anterior do pé devido à sobrecarga nos ossos metatarsais.
9 - Neuroma de Morton: espessamento do nervo interdigital, geralmente entre o 3º e 4º metatarso, gerando dor em queimação e sensação de choque nos dedos.
Sintomas frequentes: Dor nos pés, tornozelos ou pernas; sensação de peso ou cansaço, alterações na marcha, calosidades e deformidades ósseas e Instabilidade ou desequilíbrio postural.
O diagnóstico das alterações biomecânicas deve ser realizado por meio de avaliação clínica detalhada, podendo incluir exames como a baropodometria computadorizada, palmilhas sensorizadas que analisa a distribuição das pressões plantares e a deambulação. O tratamento varia conforme a alteração, podendo envolver fisioterapia, exercícios de fortalecimento e alongamento, palmilhas ortopédicas personalizadas e, em casos mais graves, intervenção cirúrgica.